Um cão guia bem treinado está apto a conduzir a dupla (cão e tutor) com segurança em qualquer circunstância ou ambiente. No geral os cães aprendem itinerários e quando o tutor dá um comando, por exemplo, “trabalho”, o animal sabe qual rotina e caminhos deve seguir. Alguns cães mais argutos são capazes de associar nomes a locais genéricos (por exemplo, se o tutor diz “shopping” o animal vai buscar um shopping que eventualmente tenha visualizado). Há muitas histórias curiosas sobre o dia a dia desses animais tão especiais, mas, o que mais desperta a curiosidade de todos é como um cão guia é treinado. Nesse texto falaremos sobre as duas primeiras fases da formação: seleção de filhotes e socialização.
Seleção de Filhotes
Muitas raças de cães são utilizadas como cães guia. Atualmente o labrador e o golden retriever são as mais usadas. Mesmo sendo dessas raças nem todo cão terá habilidade para se tornar guia.
Para se alcançar maiores índices de aproveitamento dos cães no treinamento é feita uma pré-seleção dos filhotes.
Nessa seleção são considerados tanto critérios de saúde como indícios de temperamento adequado.
Além dos testes que avaliam independência, sociabilidade, ‘vontade de servir’, medo, entre outros e exames físicos realizados, também se faz uma avaliação das influências genéticas desse filhote, investigando-se as características de seus ascendentes. Depois da seleção, os filhotes são entregues a famílias socializadoras para a próxima etapa de formação.
Socialização
Selecionado, o filhote será entregue a uma família voluntária que desenvolverá uma das etapas mais importantes de sua formação, a socialização.
Essa fase tem início quando o filhote tem dois meses de idade e é feita sob orientação constante do instrutor.
O objetivo é ensinar “boas maneiras” ao filhote e proporcionar a ele as mais variadas experiências para que se acostume com diversos tipos de ambientes, espaços, sons, pessoas e outros animais. Sob orientação do instrutor o animal já começa a receber treinamento para evitar distrações e desviar o tutor de obstáculos.
A família socializadora passa por um processo seletivo, pois tem de se comprometer a seguir as recomendações, levar esse filhote em suas atividades sociais, profissionais se possível e familiares, acompanhar e zelar pela saúde do animal e, a mais difícil das atividades: se comprometer a devolver o cão ao IRIS após um ano de convivência.
A legislação garante aos socializadores e ao cão em socialização/treinamento o mesmo direito de acesso irrestrito dado aos usuários com cão guia ‘formado’. Assim podem (e devem) ter acesso a locais públicos e privados de uso coletivo, incluindo lojas, supermercados, academias, farmácias e hospitais, assim como meios de transporte como avião, ônibus, trem, metrô, taxi e transporte por aplicativos.
Nesse momento o IRIS conta com 5 filhotes selecionados, 2 em socialização e um em treinamento. Tem interesse em ser socializador? Faça sua inscrição aqui.
Quer apoiar esse trabalho? faça sua doação pelo site ou faça um pix para doarfazbem@iris.org.br.
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