Perguntas Frequentes
Cão-Guia
Quando um cão-guia se aposenta, pode ficar com seu tutor. No caso de eventual impossibilidade deste tutor ficar com os dois cães-guia, o cão aposentado será adotado preferencialmente por uma família com quem ele já tenha afinidade, como por exemplo, um parente ou amigo próximo de seu antigo tutor.
Se você tem interesse em ser um voluntário do IRIS, ajudando a organização a criar um potencial cão-guia (até que complete um ano de vida), entre em contato.
O custo que o Instituto IRIS tem para doar um cão-guia é de aproximadamente R$ 35 mil
Entre os requisitos básicos, ter mais de 18 anos, gostar de cães, ter paciência, disposição para colaborar e aprender, além de tempo disponível para realizar as atividades de socialização do cão-guia. A primeira etapa do treinamento de um cão-guia consiste na socialização com os seres humanos. Filhotes aproximadamente com dois meses de vida são selecionados e adotados por um período pela família voluntária escolhida, que irá ensiná-lo – com a supervisão de um instrutor – a conviver com pessoas e nos mais diversos ambientes. Este trabalho é feito por uma família voluntária e com todo respaldo do Instituto IRIS. A missão do voluntário será de cuidar e educar o cão de forma que esteja preparado; cuidado que vai até que atinja a maturidade – quando estará pronto para o seu treinamento formal.
São famílias responsáveis por hospedar e cuidar com muito amor e carinho dos cães entre os dois meses de idade até um ano e meio aproximadamente, colaborando com o ensinamento para ser cão-guia. A família socializadora exerce papel importante na formação do cão em sua socialização. Serão elas que deverão levar e educar os cães nos mais diversos ambientes como lojas, shoppings, restaurantes, metrô, ônibus, parques, carros, ambientes de estudos e trabalho entre outros. Durante o período de socialização, a família e o cão recebem todo o auxílio respaldado pelo Instituto IRIS.
Ao contrário de países como os Estados Unidos, faz pouco tempo que o Brasil trata com o trabalho dos cães-guia com a devida importância. Porém, observando a necessidade de acesso a diferentes locais por esse companheiro das pessoas com deficiência visual, em junho de 2005 foi aprovada a Lei n° 11.126, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia. A referida Lei foi regulamentada pelo Decreto n° 5.904, de 21 de setembro de 2006. O Instituto IRIS teve papel fundamental no processo de elaboração e aprovação dessa lei!
Não desvie a atenção do cão-guia quando ele estiver trabalhando nem chame a atenção do animal – falando o nome dele, afagando a cabeça ou olhando para ele de forma interativa. Antes de qualquer interação, pergunte ao condutor se pode ou não interagir. Essa é uma questão de segurança, pois o cão pode se desviar o objetivo principal – que é guiar a pessoa com deficiência visual.
Não. O ideal é que o cão-guia seja alimentado somente por seu condutor com a alimentação recomendada por veterinários.
Antes de se instalar uma crise de pânico coletiva anterior à chegada de um colega com deficiência – tenha ele ou não um cão-guia – uma única regra basta: aprenda a perguntar! A pessoa com quem se vai conviver é sempre a mais indicada para esclarecer em que situações precisa de ajuda e qual a melhor maneira de prestar essa ajuda. Isso porque nem todas as pessoas que têm a mesma deficiência têm as mesmas dificuldades; nem as mesmas facilidades. Esclarecido esse ponto, o Instituto IRIS indica cinco dicas básicas. 1. Enquanto o cão-guia estiver guiando, ou seja, trabalhando não chame a atenção do animal, falando o nome dele, afagando a cabeça ou olhando para ele de forma interativa. 2. O usuário é a pessoa mais preparada para lidar com o cão-guia, então, se o cão estiver em um lugar que esteja “atrapalhando o trânsito”, por exemplo, informe o fato ao usuário e peça que mude o cão de local. 3. Não ofereça água ou qualquer tipo de alimento, ainda que canino, sem a autorização do usuário. Isso pode ser extremamente prejudicial à saúde e ao comportamento do cão-guia. 4. Quando for fornecer orientações sobre um caminho, dirija-se à pessoa; não ao cão. 5. Cada usuário tem uma “política educacional” com o cão-guia. Pergunte qual forma e qual o momento são adequados para que os colegas possam interagir com o cão. A interação controlada é muito benéfica para todos.
Há muitos outros trabalhos maravilhosos desenvolvidos por cães em todo o mundo para ajudar pessoas com outros tipos de deficiência. Há uma história emocionante de um cão que prestava assistência a uma mulher com deficiência auditiva. Ele a avisava sobre sons que ela não podia ouvir como, por exemplo, o toque da campainha e do telefone. Certo dia, ela estava dentro de casa e o cão foi desesperado chamá-la e a levou até a piscina onde a filhinha dela estava se afogando. Graças a esse suporte ela pode salvar sua filha. Além disso, existem cães treinados para auxiliar pessoas com deficiências físicas. Eles ajudam a entregar e receber coisas no balcão, abrir portas e pegar coisas no chão ou na mochila. Há também cães treinados para acompanhar pessoas com epilepsia. Parece que eles conseguem detectar a proximidade de uma crise e avisam a pessoa para que ela possa se colocar em segurança.